sábado, 11 de setembro de 2010

Metáfora


A paixão
é como uma semente,
precisa-se regar diariamente
para que dela venha surgir
as mais belas flores.

Tal como uma vela
o qual sua chama
deve ser alimentada
para que não morra.

Dado água demais,
a semente não germinará.
Alimentando demais a chama,
a vela derreterá.

Nunca dar-se demais,
feito isso, o que se espera findará!

Verbo






Eu- erro


Tu- erras

Ele- erra

Ela-erra

Nós- erramos


SOMOS

HUMANOS!

Vácuo



Não pensar em nada,

Pensar em não pensar.
Penso, e finjo que não.
Não finjo nada
ou finjo que não finjo,
e não sei nada,
ou penso que não sei sabendo.

Duvido do óbvio
e acredito no impossível,
vez outra sou descrente
por nada saber,
ou sei e prefiro me abster.

Ter o que não tenho
e não ter o que possuo,
é sentir o que não se manifesta.
Viver o mínimo do tempo,
ou o máximo tempo do mínimo viver?
Incompreensível estar,
é estar aqui e não se ver,
ou esquivar-se para não o perceber.

Amar e odiar
é andar sem caminhos.
Sonhar com tudo e acordar com o nada.
É esperar pelo que não vem,
ou por quem não existe.
É andar solitário, (acompanhado de alguém).
Não achar a saída e caminhar em círculos
sem deixar marcas, nem passos,
ou deixar passos e fracassos
como alguém que nunca esteve aqui.

Corpo Vagante




Estou vazio ...
sinto falta daquela que me veste internamente.
E aquela escuridão que se arrastava aos meus pés fugiu.
Corpo vagante, angustiado,
como um livro de uma prateleira que ninguém lê.
A chaga do meu coração
vedada com os pingos da chuva,
mesmo assim, lá é sempre inverno.
Andarilho,
a solidão me encontra
e cordialmente me convida a uma contradança.
disfarço, mas ela me conquista.
Azul sedutor, levo-a para casa. ( sob hipnose)
Nos despimos, nos amamos,
quebramos a ampulheta...
Não mais estou só,
tenho a solidão em minha cama.